quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Adelia Prado


Adélia Luzia Prado Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935, filha do ferroviário João do Prado Filho e de Ana Clotilde Corrêa. Leva uma vidinha pacata naquela cidade do interior: inicia seus estudos no Grupo Escolar Padre Matias Lobato e mora na rua Ceará.




No ano de 1950 falece sua mãe. Tal acontecimento faz com que a autora escreva seus primeiros versos. Nessa época conclui o curso ginasial no Ginásio Nossa Senhora do Sagrado Coração, naquela cidade.



No ano seguinte inicia o curso de Magistério na Escola Normal Mário Casassanta, que conclui em 1953. Começa a lecionar no Ginásio Estadual Luiz de Mello Viana Sobrinho em 1955.



Em 1958 casa-se, em Divinópolis, com José Assunção de Freitas, funcionário do Banco do Brasil S.A. Dessa união nasceriam cinco filhos: Eugênio (em 1959), Rubem (1961), Sarah (1962), Jordano (1963) e Ana Beatriz (1966).



Antes do nascimento da última filha, a escritora e o marido iniciam o curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis.



Em 1972 morre seu pai e, em 1973, forma-se em Filosofia. Nessa ocasião envia carta e originais de seus novos poemas ao poeta e crítico literário Affonso Romano de Sant'Anna, que os submete à apreciação de Carlos Drummond de Andrade.



"Moça feita, li Drummond a primeira vez em prosa. Muitos anos mais tarde, Guimarães Rosa, Clarisse. Esta é a minha turma, pensei. Gostam do que eu gosto. Minha felicidade foi imensa.Continuava a escrever, mas enfadara-me do meu próprio tom, haurido de fontes que não a minha. Até que um dia, propriamente após a morte do meu pai, começo a escrever torrencialmente e percebo uma fala minha, diversa da dos autores que amava. É isto, é a minha fala."



Em 1975, Drummond sugere a Pedro Paulo de Sena Madureira, da Editora Imago, que publique o livro de Adélia, cujos poemas lhe pareciam "fenomenais". O poeta envia os originais ao editor daquele que viria a ser Bagagem. No dia 09 de outubro, Drummond publica uma crônica no Jornal do Brasil chamando a atenção para o trabalho ainda inédito da escritora.



"Bagagem, meu primeiro livro, foi feito num entusiasmo de fundação e descoberta nesta felicidade. Emoções para mim inseparáveis da criação, ainda que nascidas, muitas vezes, do sofrimento. Descobri ainda que a experiência poética é sempre religiosa, quer nasça do impacto da leitura de um texto sagrado, de um olhar amoroso sobre você, ou de observar formigas trabalhando."



O livro é lançado no Rio, em 1976, com a presença de Antônio Houaiss, Raquel Jardim, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitscheck, Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Piñon e Alphonsus de Guimaraens Filho, entre outros.



O ano de 1978 marca o lançamento de O coração disparado que é agraciado com o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.



Estréia em prosa no ano seguinte, com Soltem os cachorros. Com o sucesso de sua carreira de escritora vê-se obrigada a abandonar o magistério, após 24 anos de trabalho. Nesse período ensinou no Instituto Nossa Senhora do Sagrado Coração, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, Fundação Geraldo Corrêa — Hospital São João de Deus, Escola Estadual são Vicente e Escola Estadual Matias Cyprien, lecionando Educação Religiosa, Moral e Cívica, Filosofia da Educação, Relações Humanas e Introdução à Filosofia. Sua peça, O Clarão,um auto de natal escrito em parceria com Lázaro Barreto, é encenada em Divinópolis.



"O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta."



Em 1980, dirige o grupo teatral amador Cara e Coragem na montagem de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. No ano seguinte, ainda sob sua direção, o grupo encenaria A Invasão, de Dias Gomes. Publica Cacos para um vitral. Lucy Ann Carter apresenta, no Departament of Comparative Literature, da Princeton University, o primeiro de uma série de estudos universitários sobre a obra de Adélia Prado.



Em 1981 lança Terra de Santa Cruz.



De 1983 a 1988 exerce as funções de Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis, a convite do prefeito Aristides Salgado dos Santos.



Os componentes da banda é publicado em 1984.



Participa, em 1985, em Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses, e em Havana, Cuba, do II Encontro de Intelectuais pela Soberania dos Povos de Nossa América.



Fernanda Montenegro estréia, no Teatro Delfim - Rio de Janeiro, em 1987, o espetáculo Dona Doida: um interlúdio, baseado em textos de livros da autora. A montagem, sob a direção de Naum Alves de Souza, fez grande sucesso, tendo sido apresentada em diversos estados brasileiros e, também, nos EUA, Itália e Portugal.



Apresenta-se, em 1988, em Nova York, na Semana Brasileira de Poesia, evento promovido pelo Comitê Internacional pela Poesia. É publicado A faca no peito.



Participa, em Berlim, Alemanha, do Línea Colorada, um encontro entre escritores latino-americanos e alemães.



Em 1991 é publicada sua Poesia Reunida.



Volta, em 1993, à Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis, integrando a equipe de orientação pedagógica na gestão da secretária Teresinha Costa Rabelo.



Em 1994, após anos de silêncio poético, sem nenhuma palavra, nenhum verso, ressurge Adélia Prado com o livro O homem da mão seca. Conta a autora que o livro foi iniciado em 1987, mas, depois de concluir o primeiro capítulo, foi acometida de uma crise de depressão, que a bloquearia literariamente por longo tempo. Disse que vê "a aridez como uma experiência necessária" e que "essa temporada no deserto" lhe fez bem. Nesse período, segundo afirmou, foi levada a procurar ajuda de um psiquiatra.



"O que se passou? Uma desolação, você quer, mas não pode. Contudo, a poesia é maior que a poeta, e quando ela vem, se você não a recebe, este segundo inferno é maior que o primeiro, o da aridez."



Deus é personagem principal em sua obra. Ele está em tudo. Não apenas Ele, mas a fé católica, a reza, a lida cristã.



"Tenho confissão de fé católica. Minha experiência de fé carrega e inclui esta marca. Qual a importância da religião? Dá sentido à minha vida, costura minha experiência, me dá horizonte. Acredito que personagens são álter egos, está neles a digital do autor. Mas, enquanto literatura, devem ser todos melhores que o criador para que o livro se justifique a ponto de ser lido pelo seu autor como um livro de outro. Autobiografias das boas são excelentes ficções."



Estréia, em 1996, no Teatro Sesi Minas, em Belo Horizonte, a peça Duas horas da tarde no Brasil, texto adaptado da obra da autora por Kalluh Araújo e pela filha de Adélia, Ana Beatriz Prado.



São lançados Manuscritos de Felipa e Oráculos de maio. Participa, em maio, da série "O escritor por ele mesmo", no ISM-São Paulo. Em Belo Horizonte é apresentado, sob a direção de Rui Moreira, O sempre amor, espetáculo de dança de Teresa Ricco baseado em poemas da escritora.



Adélia costuma dizer que o cotidiano é a própria condição da literatura. Morando na pequena Divinópolis, cidade com aproximadamente 200.000 habitantes, estão em sua prosa e em sua poesia temas recorrentes da vida de província, a moça que arruma a cozinha, a missa, um certo cheiro do mato, vizinhos, a gente de lá.



"Alguns personagens de poemas são vazados de pessoas da minha cidade, mas espero estejam transvazados no poema, nimbados de realidade. É pretensioso? Mas a poesia não é a revelação do real? Eu só tenho o cotidiano e meu sentimento dele. Não sei de alguém que tenha mais. O cotidiano em Divinópolis é igual ao de Hong-Kong, só que vivido em português."



Em 2000, estréia o monólogo Dona da casa, em São Paulo, adaptação de José Rubens Siqueira para Manuscritos de Felipa. A direção é de Georgette Fadel e Élida Marques interpreta Felipa.



Em 2001, apresenta no Sesi Rio de Janeiro e em outras cidades, sarau onde declama poesias de seu livro Oráculos de Maio acompanhada por um quarteto de cordas.





OBRAS:



Individuais



POESIA



- Bagagem, Imago - 1976



- O coração disparado, Nova Fronteira - 1978



- Terra de Santa Cruz, Nova Fronteira - 1981



- O pelicano, Rio de Janeiro - 1987



- A faca no peito, Rocco - 1988



- Oráculos de maio, Siciliano - 1999



PROSA



- Solte os cachorros, Nova Fronteira - 1979



- Cacos para um vitral, Nova Fronteira - 1980



- Os componentes da banda, Nova Fronteira - 1984



- O homem da mão seca, Siciliano - 1994



- Manuscritos de Felipa, Siciliano - 1999



- Filandras, Record - 2001



ANTOLOGIA



Mulheres & Mulheres, Nova Fronteira - 1978



Palavra de Mulher, Fontana - 1979



Contos Mineiros, Ática - 1984



Poesia Reunida, Siciliano - 1991 (Bagagem, O Coração Disparado, Terra de Santa Cruz, O pelicano e A faca no peito).



Antologia da poesia brasileira, Embaixada do Brasil em Pequim - 1994.



Prosa Reunida, Siciliano - 1999



BALÉ



- A Imagem Refletida - Balé do Teatro Castro Alves - Salvador - Bahia - Direção Artística de Antônio Carlos Cardoso. Poema escrito especialmente para a composição homônima de Gil Jardim.



Vem de antes do sol

A luz que em tua pupila me desenha.

Aceito amar-me assim

Refletida no olhar com que me vês.



Ó ventura beijar-te,

espelho que premido não estilhaça

e mais brilha porque chora

e choro de amor radia.



(Divinópolis, 1998).



Em parceria



A lapinha de Jesus (com Lázaro Barreto) - Vozes - 1969



Caminhos de solidariedade (com Lya Luft, Marcos Mendonça, et al.) - Gente- 2001.

Lou Andreas-Salomé

Lou Andreas-Salomé, também conhecida como Louise von Salomé (São Petesburgo, Rússia, 12 de fevereiro de 1861 – Göttingen, 5 de fevereiro de 1937) foi uma intelectual alemã, nascida na Rússia.




Lou Andreas-Salomé foi uma bela mulher que escandalizou a sociedade e quebrou regras morais. Teve vários amantes. Conheceu Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche, Rainer Maria Rilke, Paul Rée, entre outros grandes homens. Mulher sensível, tinha mito de sedutora.



A produção literária de Lou esteve sempre muito ligada aos seus envolvimentos amorosos e da relação com Rainer Maria Rilke, aos 36 anos, resultaram obras fundamentais da escritora como "A humanidade da mulher" e "Reflexões sobre o problema do amor".



Ouse, ouse... ouse tudo!!



Não tenha necessidade de nada!

Não tente adequar sua vida a modelos,

nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.

Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.

Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!

Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.

Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:

algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!





— Lou-Salomé


Anaïs Nin

Anaïs Nin (21 de fevereiro de 1903, Neuilly, perto de Paris - 14 de janeiro de 1977, Los Angeles) batizada Angela Anais Juana Antolina Rosa Edelmira Nin y Culmell, foi uma autora nascida na França, filha do compositor Joaquin Nin, cubano criado na Espanha e Rosa Culmell y Vigaraud,de origens cubana, francesa e dinamarquesa. Anaïs Nin tornou-se famosa pela publicação de diários pessoais, que medem um período de quarenta anos, começando quando tinha doze anos. Foi amante de Henry Miller e só permitiu que seus diários fossem publicados após a morte de seu marido Hugh Guiler.




Seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico foram profundamente influenciados pela obra de James Joyce e a psicanálise. Dentre suas obras destaca-se Delta de Vênus (1977), traduzido para todas as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e européia.



Foi realizado no cinema um filme, Henry & June, dirigido por Philip Kaufman, que falava do período que Anaïs Nin conheceu Henry Miller. Anaïs Nin foi interpretada pela atriz portuguesa Maria de Medeiros
Obras
Em busca de um homem sensível


Henry & June

Pequenos pássaros

A casa do incesto

Uma espiã na casa do amor

Fome de amor

Diários Íntimos

Delta de Vênus


Pompoarismo

O Pompoarismo é uma técnica oriental antiga, utilizada por mulheres, que consiste em contrair e relaxar a musculatura do períneo, a fim de explorar com maior intensidade a satisfação sexual, tanto sua como de seu parceiro.




Os exercícios básicos consistem na contração vaginal e na sucção vaginal. Para o domínio da técnica são realizados com o auxílio dos ben-wa, que consistem em pequenas bolas ligadas através de um cordão de nylon, conhecidas também como bolinhas tailandesas (no caso das mulheres), e na contração na musculatura no esfíncter e dos músculos do períneo (no caso dos homens).
É uma técnica milenar do Oriente. Nasceu na Índia e foi aperfeiçoado na Tailândia e no Japão. Os primeiros exercícios surgiram com uma transformação dos exaustivos exercícios tântricos preparatórios para o maituna (ritual do sexo sagrado).Essa transformação foi desenvolvida inicialmente pelas sacerdotisas dos templos da Grande Mãe para ser utilizada nos rituais de fertilidade. Com o passar do tempo a técnica foi se expandindo e tornando-se popular. Na Tailândia é costume passar a técnica de mãe para filha, assim como é costume que o futuro esposo pague um dote aos pais, e o valor depende da educação, dotes musicais e habilidades sexuais da futura esposa.




Ginástica semelhante foi desenvolvida na década de 50 pelo ginecologista Arnold Kegel. Em 1952 Kegel “desenvolveu” alguns exercícios para mulheres que tinham problema de incontinência urinária. Com pesquisas ele descobriu que o músculo pubococígeo estava fora de forma e não funcionava de maneira adequada. Exercitando esses músculos, o problema médico era resolvido e o potencial para sensações genitais e orgasmo era aumentado. Em parte porque o fluxo sangüíneo aumenta em músculos exercitados, e o aumento do fluxo de sangue está relacionado com a facilidade para excitação e orgasmo. Quando aumenta-se a força de um músculo, aumenta-se seu suprimento de sangue, o efeito colateral: o aumento do fluxo de sangue para a pelve implica níveis mais elevados de excitação e orgasmos mais intensos.



Hoje é indispensável entre as comercializadoras de sexo, que utilizam essa capacidade para sua promoção e espetáculos de “halterofilismo pompoarístico”, no qual mostram que podem fumar um cigarro colocado entre os lábios vaginais, sugar uma banana com a vagina e esmagá-la usando somente as contrações dos anéis musculares do fundo da vagina para frente, levantar objetos pesados, lançar objetos à distancia, abrir garrafas; sugar água, reté-la na vagina, dançar e depois liberar a água; sugar três tipos de água colorida, retê-las com os três anéis da vagina e depois liberá-las sem misturá-las

Fonte↑ LINS, Regina Navarro. BRAGA, Flávio. O Livro de Ouro do Sexo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005





O pompoar, no caso dos homens, está relacionado a levantar pequenos pesos, contraindo a musculatura do pênis a fim de obter melhores resultados sexuais

Mulher,Lua Cheia,Praia


Mulher Sereia


Mulher sedutora, meio mulher meio peixe, que outrora os pescadores acreditavam as terem visto em alto mar. Porém, só uma ou duas vezes na sua longa vida no mar, é que as viam, quando elas vinham à superfície. Principalmente naquelas noites escuras, de pouco luar, eles curiosos, com uma fraca luz de uma lanterna na mão iam espreitar. O sonido era forte, o barco rebentava com as ondas do mar, por onde o casco se movia. As velas fustigavam no mastro causava um som torturador.
As noites eram dormidas com sonhos encantados, pois dizia-se que uma sereia ao olhar para um homem o enfeitiçaria para todo o sempre.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Saiba como surgiu o Dia das Crianças


   A criação do Dia das Crianças no Brasil foi sugerido pelo deputado federal Galdino do Valle Filho na década de 1920.




Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do decreto de nº 4867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro como o dia dos pequenos.



O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto com a empresa Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas.



A idéia das duas empresas deram tão certo que outros comerciantes resolveram adotar a mesma estratégia. E assim, dia 12 de outubro é dia de criança ganhar presente!



Dia das Crianças no Mundo

Muitos países comemoram o Dia das Crianças em outros dias do ano. Na Índia, é em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Na China e no Japão, a comemoração acontece em 5 de maio.



Dia Universal da Criança

A Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU, comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de novembro. Foi nessa data que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças.